terça-feira, 14 de dezembro de 2010

FORMATURA 2010

No dia 10 de dezembro de 2010, em Pedro Canário- ES, Irmã Luiza Forte fez sua formatura de TERAPEUTA NATURALISTA . Após, um ano intenso de dedicação e estudo.
O sucesso é daqueles que batalham, e com toda certeza você é uma das merecedoras desse sucesso. Parabéns pela formatura! Que a alegria da formatura, fique para sempre em você!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

PROFISSÃO DEFINITVA



Alegre-se Baiana o seu dia chegou! Alegramos com você por mais este SIM que pronunciará no dia 18 de dezembro de 2010, na conunidade Nossa Senhora Santana, Bairro Açude Novo - Itaberaba-BA. A Irmã Luciene Oliveira de Macedo, fará sua consagração definitiva na Vida Religiosa - Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas.
"Todo o que beber desta água, terá sede de novo; mas quem beber da água que eu lhe darei, nunca mais terá sede, porque a água que eu lhe darei se tornará nele uma fonte de água jorando para a vida eterna. A mulher disse então a Jeusus: Senhor, dá-me dessa água". (jo 4,13-15).
Que o Senhor da vida e de toda história lhe abençoe e ilumine sempre!
Amém, Axé, aurê, Aleluia!!!

sábado, 11 de dezembro de 2010

FESTA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

No dia oito de dezembro de 2010, participei dos festejos em honra a Nossa Senhora da Conceição, em Palmares-PE. O novenário foi marcado por um forte momento de oração, invocação a Nossa Senhora pela saúde do pároco, Pe. Jerônimo que foi hospitalizado dia 24 de novembro, em Recife, com suspeita de dengue. Padre jovem com apenas 37 anos. O caso foi confirmado, sendo dengue hemorrágica, depois foi cometido por infecção hospital, outra informação que ele estava com infecção na pleura, por fim foi divulgado que estava com uma super bactéria alojado próximo ao coração. Que estava com os órgãos (rins, coração, pulmões) comprometidos internado da UTI, intubado e encubado. No dia da festa o Pe. Jerônimo passou por uma cirurgia para a retirada do foco da bactéria, cirurgia muito delicada, mas no final da tarde, na celebração o Bispo D. Genival comunicou que ele tinha reagido bem à cirurgia.
Deste modo, as celebrações em louvor a Nossa Senhora da Conceição foram especiais este ano. Além de intensa oração ao Pe. Jerônimo, muitas pessoas estava agradecendo pela vida, e a superação das cheias. Na celebração da romaria, muitas pessoas descalças, mesmo famílias inteiras, pessoas vestidas de Nossa Senhora, crianças e adultos, homens e mulheres, pessoas que carregavam pedra na cabeça. Tantos gestos que demonstravam a devoção a Imaculada Conceição, padroeira da cidade dos Palmares, que tem a sua presença nesta terra deste 1873. A igreja catedral está em reforma, foi atingida pelas enchentes, as celebrações estão sendo realizadas no centro de treinamento diocesano. As celebrações solene são realizadas em frente da catedral.

Marisa Ribeiro do Amaral
Itabuna, 11 de dezembro de 2010.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Meu Agradecimento!

“Minh`alma da glória ao Senhor, meu coração bate alegre e feliz”!

Ao finalizar este período de missão em Palmares-PE, na qual me propus ficar
por três meses. Vim com muita disponibilidade para acolher a realidade e colaborar
naquilo que era possível. Doar este tempo nesta missão para mim foi uma forma de
agradecer a contribuição que recebi para concluir minha graduação.
No mês de agosto quando comecei a estudar e refletindo o livro do profeta Jonas, proposto para o Mês de Bíblia, e diante dos apelos para a missão aqui, decidi vir para cá. Como Jonas ficou três dias na barriga do peixe, eu ficaria três meses nesta missão. Programei para chegar dia oito de setembro, dia da natividade de Nossa Senhora e encerrar dia oito de dezembro, dia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição. Na certeza que nossa Senhora me acompanhará do começo ao fim, e por coincidência antes de viajar participei da missa festiva de Nossa da Imaculada Conceição, padroeira da paróquia catedral de Palmares, a qual pertenço.
Quando saí de Itabuna, entre os abraços e o choro da despedida uma catequista me disse “irmã aquele povo te quer sorrindo”. Quando cheguei em Palmares, em meio a poeira, entulhos pelas ruas, casas destruídas, ruína, comércio se reestruturando, as pessoas abrigadas nas tendas, enfrentando sol e chuva que alagava as tendas. As pessoas sendo mal tratadas, humilhadas, sofrendo todo o tipo de preconceito, exclusão e pressão para deixarem as tendas, bem como, sendo negado assistência básica.
Diante de tudo isso, eu pensava como vou sorri, muitas vezes chorei, porque a dor destas pessoas doía em mim. Sentia-me tão pequena diante de uma realidade tão complexa. Mas me animava quando andava com D. Cícera Silvestre, mulher simples de grande sabedoria, com Carlos Calheiros que se dedicava inteiramente para que a situação de sofrimento e dor do povo fosse amenizada. Também Geovani, Gilmário e Ivanildo da CPT, com os quais compartilhamos as experiências, pois como me disse Frei Luciano Bernardi “quem entra da CPT é sempre CPT”, então aqui me senti CPT com eles. Bem com, a Articulação Municipal de Entidades (AME) que começou se reorganizar com a vinda da Irmã Lindalva, todas as entidades comprometidas com a
luta de reconstrução de Palmares e região.
Assim, gostaria dizer que foi muito bom e gratificante estar aqui, acompanhar neste período o processo de reconstrução de Palmares e principalmente estar com aqueles que à sociedade denomina como “as imundices das Pedreiras”. Que sofreram e sofre todo o tipo de preconceito, humilhação, são tratados com ignorância,... Pois, os prestadores de serviços ficam dizendo que: “As mulheres das tendas são difíceis de domar”. Quando eles vão à Caixa receberem o auxilio a gerente fica gritando com o pessoal. Parece ser um mundo que devia existir de forma invisível, porque incomoda o "mundo real" quando começa a aparecer no cotidiano da sociedade, a qual quer viver sem perceber e sem culpa... Eles somente serão notados quando ameaçarem "os homens de bem", mas - aí é que está - não para a busca coletiva de um processo que os inclua na sociedade. Pelo contrário. Será para se discutir, isso sim, o que fazer para mantê-los afastado dos espaços do “mundo real”, dando espaço direto à insensatez social e ao descompromisso.
Diante de tudo isso, gostaria de agradecer a sensibilidade das Irs. Lenita e Rita que sentiram o apelo desta realidade, o governo geral que assumiu esta missão para sermos presença solidária junto a este povo, as províncias que assumiram juntas humanamente e financeiramente. Agradeço a todas que se fizeram presente comigo nesta missão, as irmãs que vieram aqui (Cústódia,Diva e Lindalva) as que enviaram e-mails, contribuições, orações, telefonema, sintonia e carinho, tudo isso foi muito importante. Senti-me muito responsável por estar aqui em nome da Congregação. Agradeço a paróquia Senhor do Bonfim, o Padre Alberto pelo apoio, orações e carinho. Agradeço a minha fraternidade, a Lurdes que preparou a cestinha das quinquilharias para mim, com os elementos necessários para a missão e Ir. Rosa que se dispôs vir para Itabuna. Meu especial agradecimento as Irmãs Servas da Caridade do Abrigo São Francisco de Assis, que me acolheram em sua comunidade religiosa, por mês, aqui em Palmares.
Hoje volto para Itabuna, com o coração agradecido por toda a vida que aconteceu neste tempo de graça e manifestação Divina!

FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO PARA TODAS/OS!

Ir. Marisa Ribeiro do Amaral

Palmares-PE, 08 de dezembro de 2010.

sábado, 4 de dezembro de 2010

I ASSEMBLEIA DA AME – PALMARES- PE


No dia três de dezembro de 2010, foi realizada a I Assembleia da Articulação Municipal de Entidade (AME) no Centro de Treinamento diocesano de Palmares-PE, estiveram presentes 19 pessoas, representantes de 14 entidades. Logo no início dos trabalhos, tivemos a presença de D. Genival que passou para saudar o grupo e justificar a ausência em função de outro compromisso. Em seguida, deu-se início ao momento de animação e mística facilitado por Ir. Lindalva Alves Cruz e D. Cícera Silvestre seguido da apresentação do grupo dinamizada por Mauriceia da Silva e Gilmário Agra.
Em seguida, Carlos Calheiros e Geovani Leão fizeram um resgate histórico da AME enfatizando sua rearticulação neste novo cenário das enchentes como instrumento de mobilização social.
Posteriormente, Carlos Lima da CPT/Alagoas, fez a análise de conjuntura, o mesmo iniciou destacando a frase de Leonardo Boff: “O destino da Terra e da humanidade coincidem: ou nos salvamos juntos ou sucumbimos juntos”. Com isso, trouxe presente à realidade de nosso planeta, afirmando que antes pensávamos que o planeta era uma coisa e nós seres humanos outra. Hoje, precisamos ver o planeta como ser vivo e o ser humano como parte integrante do mesmo. O sistema capitalista, sempre nos passou à idéia de que as coisas eram infinitas, contudo sabemos que isso é engodo.
Hoje de todos os lados, nos vem um grande estimulo ao consumo, até mesmo pelas políticas governamentais. A grande questão está em como manter a preservação da vida dentro de um sistema capitalista de produção e do consumo? Pois, historicamente o modelo capitalista passou a falsa impressão, através da ideologia de que o que importa é o crescimento econômico, o resto é secundário... Esta lógica não considera que os recursos naturais são finitos.
Outro ponto destacado é a crise energética, o grande avanço de construção de hidrelétricas pelo país todo, para manter a produção. A sociedade atual é insaciável por energia... Desta forma, o governo brasileiro procura inserir no contexto mundial, como a fomentação do PAC, a partir das construções de novas hidroelétricas, da transposição das águas do Rio São Francisco, da expansão da área plantada de cana de açúcar...
Diante disso, o país insiste num modelo de produção de energia suja, para atender as demandas dos países desenvolvidos e de suas empresas.
A partir destas colocações, foi realizada uma breve leitura das enchentes de junho de 2010 em Pernambuco e Alagoas, deixando um grande questionamento, ou seja, como transformar este momento em mobilização social e em conquistas de políticas públicas.
Após as colocações de Carlos Lima, foi aberto para um pequeno momento de debate e de contribuição do grupo.
Em seguida, Ir. Lindalva fez o encaminhamento para o trabalho em grupo, com as seguintes questões:
a) Como você avalia a capacidade de luta e resistência da AME: Alta, Média ou Baixa?
b) Escreva os principais obstáculos enfrentados pela AME.
c) Escreva os maiores desafios da AME.
d) O que você considera como conquistas?
e) Escolher três maiores problemas para serem enfrentados em 2011.
Posteriormente, o grupo foi para o almoço e no retorno realizamos a socialização do trabalho em grupo. Dentro de todas as questões apresentadas foram definidas como prioridades para a AME, os seguintes pontos:
• Fortalecimento da Identidade da AME, sua estrutura e ampliação;
• Cultura e Meio Ambiente;
• Mobilização e Controle Social;
Destacando como linha transversal a formação e capacitação.
A partir das prioridades foi realizado o encaminhamento do planejamento destacando alguns pontos. Entretanto, ficou marcada uma reunião para o dia 22 de dezembro, onde serão definidas algumas atividades e confraternização. Assim, deixamos em aberto o planejamento para uma posterior retomada.

Palmares, 04 de dezembro de 2010.
Irs. Lindalva e Marisa

sábado, 27 de novembro de 2010

Encontro vocacional





A Fraternidade do Noviciado Santíssima Trindade, acolheu as jovens Cristiane, Irlandia, Taise e Tatiane para mais um encontro vocacional que foi realizado nos 20 e 21 de novembro. Em clima de celebração do dia da consciência negra lembramos e celebramos a resistência de Zumbi dos Palmares e a luta de hoje dos povos negros e negras por uma vida melhor.


O tema do encontro sobre a História da Congregação, momento de conhecer para poder se apaixonar pelo carisma e confirmar o desejo de fazer uma experiência mais profunda. Assim com os slides preparados pelas noviças, ajudou a dinamizar este momento, fizemos uma contemplação do caminho percorrido pelas nossas primeiras irmãs o encantamento pela história foi expressado no rosto de cada uma das jovens.


Como momento de lazer saímos para conhecer o Museu Parque do Saber, um museu onde apresenta um teatro virtual, assistimos Kaluoka'Hina uma terra encantada onde nenhum ser humano conhece. Uma boa diversão! No domingo a vida das nossas três primeiras, foi inspiração para o momento de oração pessoal, onde cada uma expressou o seu desejo em continuar no caminho como discípula de Jesus Cristo a exemplo das nossas fundadoras



Para o próximo ano teremos como aspirantes três jovens: Cristiane, Irlandia e Tatiane rezemos para que o sim delas seja como o das nossas Irmãs. "Queremos ficar pra sempre."


Pela Equipe Vocacional
Irmã Patricia








sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Noticia que á irmã Carmela Panini trouxe do povo Haitiano e Dominicano



Queridas irmãs, aspirantes, simpatizantes e colaboradores,

Com certeza, na noite de natal fazia muito frio em Belém. A cidade, pobre e sem condições de hospedagem, recebeu, naqueles dias, muita gente (pobres, sem-teto, sem-chão, sem emprego, sem-eira-nem-beira e outros...) para se recensear. Uma dessas famílias-sem-nada hospedou-se numa estrebaria a fim de condividir o calor no aconchego dos animais e, assim, aquecer o recém-nascido, a mãe e o pai que haviam caminhado dias e noites na longa viagem de Nazaré a Belém.

Em nossos tempos, também acontecem situações semelhantes, como a do povo haitiano, vítima da injustiça social que os reduziu ao país mais empobrecido das Américas. Não bastasse isso, no dia 12 de janeiro deste ano, foi dizimado pelo forte terremoto que deixou pelo menos 200 mil mortos, 300 mil feridos, um milhão de desabrigados e destruiu a já precária infraestrutura do país. Hoje, cerca de 80% das pessoas sobrevivem abaixo da linha da pobreza e, desesperadamente, brigam por um prato de comida ou tentam deixar o país.

Religiosas/os da América Latina estiveram em Haiti e algumas continuam lá em solidariedade ao povo. Ir. Tereza Albanez e eu tivemos a graça, em outubro (na semana do anúncio da epidemia do cólera), de poder fazer uns dias de experiência em meio àquele povo. O que vimos? Fome estampada nos corpos magérrimos das pessoas, tanto de adultos quanto das crianças que, ao nos ver, de longe estendiam a mão implorando leite para os filhinhos ou água e comida... Vimos multidões de pessoas ao longo das ruas tentando vender alguma peça de roupa, algumas frutas, feixes de lenha... muitas pessoas mutiladas, com bengalas ou cadeira de rodas. Vimos milhares de tendas e barracas – uma “colada” na outra, cheias de gente sem água, sem alimentos, sem luz, sem condições sanitárias. As autoridades afirmaram que um milhão de pessoas está ainda debaixo de lonas e tendas. Vimos grande parte das casas, prédios, templos... ruídos ao chão e outras com grandes rachaduras. Olhando as multidões que perambulam desnorteadas, sem-eira-nem-beira, nos pareciam “ovelhas sem pastor”.


Mesmo assim, nesse complexo caótico, vimos muitos gestos solidários: pessoas abrigando vizinhos debaixo dos escombros que sobraram, pessoas partilhando cama, comida, carona ou cuidando de mutilados. Escolas e Colégios entulhando as salas de aula com a acolhida de alunos de outros complexos escolares que ruíram.

As três Irmãs brasileiras enviadas ao Haiti pela CRB (Conferência dos Religiosos do Brasil), realizarão seus projetos (meio ambiente, horta comunitária; Pastoral da Criança/Saúde e trabalhos manuais com grupos de mulheres no setor Canaã (uma ocupação com, aproximadamente, 40 mil acampados). Ao visitarmos os franciscanos OFM ficamos mutuamente felizes: nós com a notícia de que eles já estão desenvolvendo um projeto ecológico nessa ocupação; e eles por saberem que nossas Irmãs também escolheram aquela área para a missão. Encontramos também muitas pessoas de outros países prestando serviço voluntário e gratuito. Pessoas que escutaram os gemidos, tiveram compaixão e a coragem de ir ao encontro.

Em consequência da história de empobrecimento do país, muitas pessoas já não têm acesso a sequer um prato de arroz ao dia. Alimentam-se quase só de “biscoitos de barro” (argila, água, uma pitada de sal e um pouco de margarina). Após amassar os ingredientes, fazem as pequenas porções e as colocam para secar ao sol. As mulheres e as crianças os vendem nas ruas ou nos mercados e, com o trocado, compram leite para os bebês ou alimentos para a família. Disse uma jovem, com seu bebê no colo: “quando minha mãe não tem outra coisa para cozinhar nós nos alimentamos só com esses biscoitos, três vezes ao dia”. E acrescentou “mas os biscoitos me dão dores de estômago e diarréia e quando amamento até mesmo o bebê sofre de cólicas intestinais”.

Nossas irmãs que trabalham na fronteira Haiti e República Dominicana e que diariamente se deparam com a chegada de mais haitianos refugiados, têm nos ouvidos o constante gemido: “Estamos com muita fome, perdemos tudo: familiares, o casebre, a lavoura, os animais domésticos, a saúde... não temos sequer sementes para plantar...”.

Aqui no Brasil também tivemos, neste ano, regiões fortemente atingidas por vendavais, secas prolongadas, enchentes... Lembro especialmente do povo dos Estados de Alagoas e Pernambuco. Nós, Irmãs Catequistas Franciscanas, estamos presentes, de forma solidária, ajudando a população de Palmares (PE) na reivindicação de seus direitos sociais e de políticas públicas favoráveis, a fim de que recuperem o ânimo de viver.

O tempo de advento é sempre um período propício à solidariedade, à partilha e comunhão entre familiares, amigos, vizinhos e povo em geral. Nós, cristãos e cristãs, temos também o bom costume de fazer “campanhas de advento” em favor de pessoas empobrecidas, carentes e, de algum modo, necessitadas.

Nossa proposta é de fazermos, neste advento, em cada fraternidade e nas comunidades, a campanha do alimento: leite para os bebês e sementes de verduras e frutas, de feijão, milho e arroz... para semear. O resultado do dinheiro arrecadado será enviado, uma parte ao povo haitiano, refugiado na República Dominicana (onde nossas Irmãs estão em missão), e outra parte ao povo de Palmares. Será nossa expressão de NATAL SOLIDÁRIO com esses povos. Assim, a nossa partilha produzirá frutos e incluirá ao redor de nossa mesa pessoas que sobrevivem das migalhas. E nossos olhos verão não só uma noite feliz no céu, mas o amanhecer de um novo dia de paz na terra do Haiti e no chão de Palmares.

Se você quiser colaborar, fale com a pessoa que está coordenando essa campanha em sua comunidade.

Desejamos que nossa comunhão solidária nos ajude a celebrar a Boa Nova do Natal e seja fonte de VIDA para esse povo que quer viver!

A você e sua família,

um alegre e significativo NATAL e um abençoado 2011!

COM CARINHO

MARIA LUZ

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

PALMARES: LUTA E RESISTÊNCIA!




“Sou excluído, não por natureza; sou excluído porque assim me fizeram as relações sociais que configuram a realidade onde vivo, o momento em que vivo. E também o discurso daqueles que sempre me desqualificaram” .

Estamos diante do silêncio e do clamor, entre ambos encontra-se o vazio, o distanciamento e a omissão. Damos-nos conta de que esta realidade, além de ser banalizada, é evitada pela consciência de quem não quer ver. O silêncio do poder público perante a sociedade palmarense é perceptível diante da realidade em que se vive, o pós enchentes. A cidade caiu no abandono e esquecimento, de todo os lados emergem os clamores pela água, pela limpeza pública, pela coleta de lixo, pela reconstrução das ruas, saneamento básico, habitação,... enfim, quem devia estar cuidando da população está se distanciando cada vez mais.
Nestes quase dois meses de convivência com o povo e principalmente junto aos abrigados que estão nas barracas, percebemos o quanto é difícil ter os seus direitos garantidos e o exercício da cidadania como a conquista de direitos. Pois, o que vemos em muitos casos é a banalização das pessoas enquanto cidadãos/ãs de direitos. Os quais têm o direito de serem assistidos pelo Estado, mas lhe são negados assistência digna, por uma assistência de faz de conta. Vêem estas pessoas como problemas e querem se livrar a qualquer custo. Assim, ficam aterrorizando-as, a cada quinze dias, para deixarem as barracas, senão vão perder o auxilio moradia, o direito ao trabalho na construção das casas, não vão mais receber comida, serão recolhidos os sanitários e banheiros, como se diz “ficarão ao léu da sorte”... Isso nos causa indignação, porque já é a quarta vez que vem ameaçando e muitas pessoas vão procurando outros lugares para morar. Outras ficam sem saber o que fazerem, angustiadas, aflitas... O querem destas pessoas que perderam tudo? Que saíram com a “roupa do couro”, como disseram muitas vezes. Querem massacrar, humilhar, abanalizar a vida destas pessoas, pois sabemos que o princípio fundamental dos direitos humanos é o direito à vida. Portanto, agir contra esse direito significa violar os princípios dos direitos humanos e estas pessoas estão sendo violadas a cada momento, quando não se oferece uma moradia digna, uma alimentação adequada, atendimento a saúde, favorecimento ao acesso a educação, a segurança, onde muitas barracas já foram arrombadas...
Se foram garantido seis meses de assistência pelo governo federal, por que esta insistência que as famílias deixem as barracas? Que garantia os mesmos tem se saindo do abrigo vão de fato receber as casas? Pois, têm famílias que na última enchente de 2000, estava na lista para receberem as casas e hora da distribuição ficou de fora. Então, como se diz “gato escaldado tem medo de água fria”, apenas a palavra não é garantia e certeza em nosso tempo. Assim, as famílias querem certeza que vão receberem as casas, não apenas cadastros e registros, os quais não lhes garante absolutamente nada, pois ainda tem mais de 30 famílias que não receberam auxilio moradia e nem outros, já se passaram quatro meses da tragédia.
Desta forma, para que amenize a angustia destas pessoas, partimos para uma ação junto ao Ministério Público. Porque o major, representante do Estado, está para dar assistência e auxilio aos abrigados, junto com a assistência social do município e uma ONG contratada pelo Estado ficam ameaçando as famílias que vão deixar de assisti-lo.
Assim sendo, muito nos alegramos quando vemos a teimosia e a resistência de Edílson, de Daniel, de Valéria, de Joelma, de Josias, Silene.... e tantos outros dizendo “não vamos sair daqui enquanto não tivermos certeza que vamos receber a nossa casa”. Mesmo enfrentando o sol que esquenta aquelas barracas em meio às britas, parece mais uma fornalha do que moradia de pessoas humanas. Enfrentam a chuva que mina água por baixo das barracas, pois vimos pessoas tirando água com um pote de dentro, pessoas se sujeitando comer comidas mal feitas, hora queimadas, hora mal cozida, gordurosas que só em olhar causa mal estar, sem dizer o feijão com bicho, dias que recebem para o almoço mortadela com arroz, outra novidade é a sopa de mortadela e assim sucessivamente, não dá para descrever tudo.
De fato, são pessoas que merecem nossa atenção, que alegria sentiram na reunião que tivemos dia 27 de outubro, com eles, e falamos que estamos sabendo de todo o sofrimento que os mesmos vem passando, que estamos acompanhando e que agora não dá mais para suporta a pressão, é hora de unirmos e ir ao Ministério Público saber de fato quais são os seus direitos, perante esta situação de ameaça que estão sofrendo e os deixando sem rumo. Edílson falou “mas o major disse que não íamos ter mais ninguém por a gente aqui e agora vem vocês, nós só queremos a certeza de nosso direito que saindo daqui vamos receber a nossa casa e que o major disse que nos temos apenas a palavra dele, a palavra dele não queremos”. Depois de tantos outros se expressarem, dissemos o caminho para sabermos é partimos para o Ministério Público, onde o promotor vai ouvi-lo e depois vai buscar esclarecimento para dar uma resposta a vocês. Assim, organizou-se uma comissão para o dia 29 irmos ao Ministério Público, como os pobres não têm muita sorte, o promotor não veio, no entanto deixamos um ofício, onde se encontra registrada todas as queixas dos abrigados e ficamos de retornar dia 3 de novembro. Pois, Ministério Público é um órgão do Estado, cuja função é defender os interesses do povo, os da Justiça e o da sociedade.
Portanto, enquanto profissional tenho a convicção que a intervenção de nossa atuação passa pela linha dos direitos se tornando o nosso instrumento de trabalho. Mesmo na sociedade regida pela desigualdade, onde se delimita como parcela da sociedade a qual é negado o poder e a palavra, onde os níveis de saber equivalem ao poder e controle social.
“A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana”.
Vinicius de Moraes

Marisa Ribeiro do Amaral
Irmã Catequista Franciscana
Assistente Social

Palmares-PE, 02 de novembro de 2010.

























Ao ritmo da floresta

Uma estrada de chão com muitos buracos e poeira, nos dá passagem. Atravessando povoados, queimadas, fazendas, mata branca e cocais de babaçu que, mesmo sofrendo a falta da chuva, continuam exuberantes, chegamos até a Terra Indígena Geralda/Toco Preto, do povo Krepum Kateyê.
Chegando à aldeia Sibirino, nos sentimos acolhidas pela tradicional organização circular das casas e pela alegria das/dos indígenas em nos ver. Logo chamaram dona Rosalina, a mais idosa do povo, que sentou-se ao nosso lado. Deram a notícia que nascera mais uma criança na aldeia. É o ciclo natural da vida, a convivência entre as gerações, passado, presente e futuro que se misturam e somam.
Saindo, fomos para a aldeia Geralda. As crianças deram um show de acolhida e presença! Nosso objetivo ali era ver os preparativos para o Encontro com as Mulheres Krepum para estudo da Lei Maria da Penha, que seria no dia seguinte. Numa conversa rápida, percebemos que a comunidade estava desarticulada...
À noite marcamos uma reunião, mas poucas pessoas adultas compareceram. As crianças, mais uma vez mostraram-se muito atentas e participativas, a ponto de fazerem uma pequena análise da situação da aldeia (desinteresse dos adultos em cuidar do coletivo, do ambiente como um todo...). A motivação das mulheres não estava lá estas coisas, mas os homens se prontificaram em pegar peixes para o almoço e ajudar no que fosse preciso para que o encontro pudesse acontecer.
No dia seguinte, a luz do sol e o canto dos pássaros nos despertaram cedo para dar continuidade à missão. As mulheres já estavam de pé, preparando a primeira refeição do dia, os homens já haviam saído para a pesca, a criançada e os jovens já estavam em prontidão para nos ajudar a arrumar o local do encontro. O espaço escolhido foi debaixo das árvores, à beira do rio Grajaú. Ali vivemos um grande mutirão: varrer as folhas, montar bancos de tábuas... água para beber...
Enquanto esperávamos as mulheres cantamos, brincamos com a meninada que volta e meia caiam na água, depois retornavam pulando, numa alegria sem fim! Elas expressavam o interesse que tem em crescer num ambiente sadio, em harmonia com a natureza; expressavam, também, alegria pela nossa presença, que valorizou sua criatividade, espontaneidade, curiosidade. Diante desta realidade que encontramos, percebemos o quanto temos que desconstruir o que programamos e construir a partir do que encontramos.
O tempo foi passando, as mulheres foram chegando... Uma bonita acolhida marcou a todas. Cantamos e ouvimos o relato bíblico do encontro de Maria e Isabel. Nós, mulheres estávamos ali para nos abraçar, nos confortar mutuamente, nos alegrar pela presença de cada uma...
Ao aprofundar a Lei Maria da Penha, as partilhas não foram muitas, mas o suficiente para percebermos que há conflitos, agressões e grande sofrimento na vida daquelas mulheres. As mudanças serão lentas.
Tudo foi acontecendo ao ritmo da floresta, a presença do sol, a chegada das mulheres, a pesca e o preparo do peixe, o envolvimento no tema do encontro...
Por fim, o estilo simples de vida deste povo nos provoca a entender o que há de transcendente, de belo, de renovador ao nosso redor e, assim, nossa vida vai se modelando e sendo construída diária e permanentemente. É um itinerário movido pelo Espírito, que nos questiona, impulsiona, anima e nos faz sair de nós mesmas para nos colocar a serviço da vida.
Estes e tantos outros acontecimentos provocam em nós uma maior adesão à missão que abraçamos, pois vamos descobrindo o sentido de nossa consagração.
Maria Lucélia Araujo da Silva
p/ Irmandade N.Sra. de Guadalupe
Grajaú-MA – 01/11/2010






sexta-feira, 15 de outubro de 2010

IV Semana Missionària






A nossa Paróquia São José Operário, nos dias 08 a 12 de outubro, estive relaizando a Iv semna Missionária. Este ano se trabalhou mas com às comunidades do Sagrado Coração de Jesus, N.S Aparecida e São Pedro Apóstolo. Com o tema " Vinde e vede porque somos cristãos". Essa missão tinha como objetivo: Tomar consciência do nosso papel como cristãos e cristãs em nossos diase em nossa realidade. Ao mesmo tempo testemunhar que vale a pena ser cristão, cristã católico\a, ser seguidor\a de Jesus Cristo, numa autêntica vivência comunitaria.
Tive momentos fortes com as crianças, visitação aos doentes, missa com eles gostemuito essa missa com os doentes porque tinha pessoas que hacia mese que não participava de uma celebração.


Missão é partir, caminahr, deixar tudo,


Sair de si, quebra a crosta do egoísmo


que nos fecha no nosso eu.

É parar de adr voltas ao redor de nós mesmos \a


Como se fôssemops o centro do mundo e da vida


É não se deixar bloquear nos problemas


Do pequeno mundo a que pertencemos


A humanidade é maior !


Missão é sempre partir,


mas não devorar quilômetros.


É sobretudo abrir-se aos outros irmãso \ãs,


Descobri-los \as e econtrá-los\as.

E, se para encontrá-lo e amá-los é preciso


Atravessar os mares e voar lá nos céus, então


Missão é partir até os confins do mundo!



Com carinho María Luz

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

CARTA ABERTA

Ao completar um mês na missão em Palmares - PE, sinto o quanto é gratificante para mim, o quanto tenho aprendido com este povo resiliente, que sabe tirar lições dos mínimos detalhes da vida, nós muitas vez em nosso ativismo nem percebemos.
A cidade de Palmares fica situada na região da mata pernambucana, assim chamada pela população, é uma cidade pólo, aonde a população dos municípios menores vem fazer suas compras, busca os serviços de saúde, educação,...
Ao aproximar os quatro meses da tragédia das enchentes ocorrida nestas regiões de Pernambuco e Alagoas. O município de Palmares segue em processo de reconstrução lentamente, o povo sente o descaso do poder público principalmente do município, onde não informam as pessoas como estão sendo destinados os recursos que vem do governo federal. Para se ter uma idéia, o governo federal liberou verbas para ser construída uma cozinha comunitária nos municípios atingidos, no município vizinho Água Preta, segundo informações já está pronta. No entanto, aqui em Palmares nem se vê falar, apenas foi comunicado ao conselho municipal da assistência social, o qual tenho participado das reuniões.
Como a presença da Ir. Lindalva aqui, no mês de agosto, foi retomado a Articulação das Organizações Populares (AME) que já existia na região, mas com a saída da FASE (Federação dos Órgãos para Assistência Social e Educacional), foi desarticulada. O município de Palmares e região, é muito rico em organizações populares, podemos citar: Pró cidadania (ONG que atualmente está a serviço do Governo); Associação das artesãs; Associação de Desenvolvimento Agro Industrial; Centro de Mulheres dos Palmares; Comissão Pastoral da Terra; Associação dos Catadores dos Palmares; Pastoral da Criança; Fórum de Economia Popular Solidária; Centro de Mulheres Negras; CEAS/Rural e tantos outros que não me vêm à mente. Com estas entidades juntas percebe-se um grande potencial para a reconstrução de Palmares, as quais têm um papel fundamental neste processo, buscando fiscalizar os recursos, reivindicar ações concretas, ser apoio para as pessoas que estão abrigadas, que a maioria não uma consciência política de organização e de luta por direitos.
Esta Articulação das Organizações Populares (AME) foi um dos meios que me motivou vir para cá, pois sempre acreditei na força do povo organizado, sempre lembro de um canto que as irmãs cantavam na minha comunidade quando ainda eu era criança, na década de 80, que dizia “uma vara sozinha você pode quebrar, mas um feche você pode até suar”. É acreditando na união, na organização, na solidariedade que estou aqui caminhando com este povo de Deus. Ir. Lindalva em pouco tempo conseguiu dar grandes passos, tanto na articulação das entidades, quanto com as pessoas abrigadas a forem uma comissão entre eles para esta atenta a todo o processo de reconstrução que envolve as suas vidas.
Tenho visitado as famílias abrigadas no Centro Social Urbano (CSU), que estão morando nas barracas doadas pelo Rotary Internacional, são mais de 500 pessoas. Existem situações diversas, algumas barracas estão bem organizadas, limpas e enfeitadas, outras que só têm os colchões dentro. Pessoas que estão se aproveitando da situação que tem casa, alugaram e estão na barraca para ganhar outra casa, casos assim estão sendo descoberto e o pessoal da organização está desmontando a barraca, ou mesmo a mulher e os filhos estão na barraca e o marido fica na casa. Assim, prejudica quem de fato necessita, pois não podem deixar a barraca sozinha, tem que ter sempre gente, pois a cada momento a equipe de organização está fazendo a averiguação, passando de barraca em barraca fazendo a chamada dos moradores.
Muitas famílias voltaram para suas casas, mesmo em área de risco condenada pela defesa civil. Visitamos as famílias das áreas mais atingidas pelas enchentes. Ainda continua uma situação muito triste, avassaladora, quando chove é lama, quando faz sol é poeira, o que é ainda pior, pois há muitos problemas respiratórios, lixos, buracos... Há muitas pessoas reconstruindo seus barracos ou prédios, outros morando na parte que sobrou da casa improvisada. O lamento geral é sobre o descaso por parte dos Poderes Públicos. Ainda não estão piores, porque tem uma liderança no bairro que tem reivindicado assistências aos moradores e vai fazer as reivindicações, direto ao Major responsável pela distribuição das doações. Quando ela sabe que chegou alguma doação ela exige que seja repassado para as pessoas. Percebe-se que ela é uma liderança muito forte no bairro, conhece todas as pessoas, sabe das necessidades de cada um e da vida de todos.
Andamos pelo bairro olhando os estragos das enchentes, casa total e parcialmente destruídas, escolas, hospital regional que ninguém mexeu. Muitas casas fechadas que se percebe estarem deste modo desde que fora atingidas pelas enchentes. Em algumas partes percebe-se que as pessoas aos poucos vão reconstruindo suas vidas, algumas casas vão sendo organizadas, reformadas, pintadas. Há uma grande ansiedade que as coisas se normalizem, mas diante de todas as situações percebe a fé, a coragem, o ânimo de irem reconstruindo, pois o principal eles não perderam, a vida.
Conversamos com algumas pessoas como está sendo as orientações do poder público, quanto à permanência deles na área de risco. Falaram que ninguém foi procurá-los para falar sobre isso, que fizeram o cadastro para receber a casa, mas só vão sair com a chave da casa na mão.
Percebe-se o pessoal da assistência social quer se livrar dos abrigados, é um problema para eles, desde desenvolver um trabalho sócio-educativo, o pior é que ficam pressionando as famílias para deixarem as barracas, assim que os mesmo receberem o auxilio moradia (R$150,00). Começaram a dizer que eles tenham que deixar as barracas até dia 30, agora passaram para o dia 15, e dizem que quem não alugar casa será cortado o auxilio moradia. Na hora de receberem a alimentação são tratados com grosseiras por parte de alguns funcionários. Além de receberem o feijão com bicho e sopa como água com alguns pedacinhos de legumes. São muito humilhados, ou mesmo sofrem uma tortura psicológica.
Assim, nossa missão é acompanhar este processo, sendo apoio e presença solidária junto a este povo, descobrindo caminhos para amenizar o sofrimento e que o processo de reconstrução seja agilizado por parte das autoridades competentes. Que as organizações populares não desanimem neste processo e não caía no individualismo que o mundo pós-moderno nos apresenta como caminho mais fácil.
Agradeço a sintonia, apoio, orações de minhas irmãs, amigos/as, colegas e companheiros/as. Que possamos levar em frente à proposta de Jesus “eu vim para que todos tenham vida e a tenha em abundância”.

Marisa Ribeiro do Amaral
Irmã Catequista Franciscana
Assistente Social

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Experiência na pastoral da Criança





No dia 04 comenze a participar da pastoral da criança, onde pode conhecer uma comunidade com mas o meno 80 familia. Duas senhoras e eu fomos en 5 família. Mas foi otimo, também olhar que em meio de essa realidade Deus esta presente mas não um Deus com os olhos azuis mas sim um Deus que esta sucio, descalço, negro, cabelo créspo, com fome, despressivo. O qual pode tirar esta conclusão de que Deus esta em todo lugar, momento, e em qualquer circunstância da nossa vida.








De essa realidade compuse uma poesia.


A criança que e tratada
com muita insegurança
esso faz com ela se sinta
morta sua esperança










Continuaremos nossos trabalhos
com muitas dignidade
para essas crianças
levarmos a felicidade.




Vamos pegar com garrra
esse fato de confianza
para deixar vivo nelas
essa sua esperança.


Vamos trabaçhar minas gente
com muita segurança
para isso temos
a Pastoral da Criança.


A Pastoral da Criança
é trabalho genial
pois então vamos abraça-lo
de maneira fraternal.


Com carinho María Luz.







segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A PARTIDA

Estou de partida nesta segunda-feira. Quando chegou-me o eco da mensagem. “Diante da complexa realidade de destruição e desamparo, principalmente dos mais pobres. Mais do que nunca, Deus está gritando: “Quem é que eu vou enviar? Quem irá de nossa parte?””. Meu coração já estava de viagem. Rumo à Palmares-PE, louca pra chegar.
Coloquei mala umas quinquilharias, que pra passar alguns dias, basta a vontade de chegar lá.


“E nessa procura vou me aventurando/ Vou criando asas que me levam longe /É pro alto que eu vou/Coração me leva a desbravar o mundo/Emprestando a luz pra quem está no fundo/ Quero iluminar!Coração me leva pelas suas asas/ Semeando sonhos, desbravando estradas/É no alto que está o meu lugar!”
Marisa Ribeiro do Amaral

domingo, 5 de setembro de 2010

ENVIO MISSIONÁRIO

É com grande alegria que celebramos, no dia 05 de setembro de 2010, o envio missionário de Irmã Marisa Ribeiro do Amaral, que ouvindo o grito dos atingidos das enchentes, foi ser presença solidária junto ao povo de Palmares. A Celebração Eucarística aconteceu na Paróquia Senhor do Bonfim, junto com o envio dos missionários da paróquia que irão trabalhar na semana Missionária Paroquial, que teve abertura hoje.
O envio é motivo de festa, pois quando um (a) missionário (a) é enviado(a), ele parte geograficamente, mas a sua comunidade também assume a causa missionária e recebe a missão de acompanhar o seu membro em missão. A Paróquia como gesto concreto fez uma coleta nas celebrações para contribuir com Ir. Marisa na Missão.
“A missão é feita: com os pés dos que partem, com os joelhos dos que rezam e as mãos dos que ajudam” ...

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

JONAS CONVERSÃO E MISSÃO

“Levanta-te e vai à grande cidade: introdução ao estudo do profeta Jonas” é o título do subsídio preparado pelo grupo Shemá, do Serviço de Animação Bíblica, para o mês da Bíblia de 2010. Ele apresenta um estudo e círculos bíblicos, sobre o livro do Profeta Jonas. Este profeta foi escolhido tendo presente, a necessidade de anunciar a Palavra nas grandes cidades e perceber o lado positivo da realidade urbana.

O Livro de Jonas está inserido entre os livros proféticos, porque fala de um profeta que deve proferir um oráculo de Deus. Mas é muito diferente dos demais livros propriamente proféticos, não pelo seu conteúdo, mas pela sua forma narrativa que o aproxima mais de um conto ou lenda popular, por causa de seus elementos fabulosos e míticos e, mais ainda pelo seu conteúdo sapiencial.

Podemos dizer que seu autor misturou bem os elementos do profetismo bíblico, da imaginação popular e da literatura sapiencial. O resultado dessa mistura é um escrito bem leve, que trata de coisas sérias com um toque de humor e poesia, e trata sobre a recusa de um profeta a fazer o anúncio da mensagem de Deus, na cidade de Nínive (capital da Assíria).

Quem é o autor principal em cena?

Jonas é apresentado como se fosse o profeta que fez um oráculo de restauração de Israel, no tempo de Jeroboão II (783‑ 743 a.E.C.): “Jonas, filho de Amitai, que era de Gat‑Hofer” (Jn 1,1; 2Rs 14,25). Mas isso é uma ficção. O autor do livro está apenas servindo‑se de um profeta desconhecido, do passado, para protagonizar sua narrativa, que não condiz com a época de Jeroboão II. O Jonas deste livro não é um herói, não faz nenhuma façanha, não é um santo; ao contrário, ele desobedece a Deus, contesta suas ações e, nem de longe, é o principal ator na cena. Deus é realmente o personagem central da história: Ele envia Jonas a Nínive (1,1); segue Jonas a caminho de Tarsis, provoca a tempestade (1,4), solicita um peixe para salvá-lo (2,1), reenvia Jonas a Nínive (3,1), salva Nínive penitente (3,10) e questiona Jonas (4,1ss.).

O que o autor pretende com esse escrito? {peso2}

Infelizmente, quando falamos de Jonas, a primeira imagem que nos vem à mente é o profeta no ventre de uma “baleia” (na verdade, fala‑se não de “baleia” mas sim de um “grande peixe”: 2,1‑11). Esse elemento — o mais fabuloso da narrativa — foi enfocado também por Jesus, comparando‑o à sua morte e ressurreição após três dias (cf. 8,31). Mas esse episódio não ocupa mais do que dois versículos do texto. Não é o centro da narrativa. O peixe é somente um instrumento na mão divina. Mas, Deus é o centro. Ele não é apenas o Deus de Israel, que o escolheu e o amou; Ele é o Deus de todos os povos, aos quais ama e por quem tem misericórdia. Por que, então, Jonas tentava fugir de Deus, até o ponto de pedir para ser atirado ao mar?

Por que Jonas tenta fugir de Deus?

Porque o anúncio é dirigido a um povo estrangeiro, habitante de Nínive, e não ao povo de Israel. Ora, essa cidade foi, por séculos, a capital do Império Assírio, que chegou a dominar e dissolver totalmente o antigo Reino de Israel, ao norte. Trata‑se, portanto, de uma mensagem dirigida a um dos grandes inimigos de Israel! É fácil pensar que Jonas ficaria muito feliz em anunciar a essa gente, que sua cidade seria destruída dentro de quarenta dias. Mas Jonas se nega a anunciar esse acontecimento! Por quê?

A resposta está em Jn 4,1‑3. Jonas sabe que Deus terá misericórdia e compaixão, por isso se recusa a anunciar a mensagem. Jonas não consegue escapar de Deus, pois a revelação da misericórdia que Deus está para anunciar ao povo de Nínive, por meio do profeta, é irrenunciável. Deus insiste com Jonas e não abre mão de sua colaboração, como profeta.

Esta narrativa ilustra a concepção universal da teologia sapiencial. Ela esclarece que a misericórdia de Deus é dirigida a todos os povos. É um livro que critica qualquer intolerância e arrogância de alguns grupos em Israel, e que pode continuar até hoje na nossa realidade, em nossa comunidade, em nossos comportamentos. Mas, como entender o conteúdo do Livro?

O Livro de Jonas tem profundas raízes bíblicas, tanto nos profetas quanto na literatura sapiencial. Não devemos nos fixar nos elementos fabulosos da narrativa. O mar e as atividades humanas ligadas a ele, como a pesca e as viagens, desde a antiguidade até hoje, são frequentemente associados a certas superstições.

A época da composição do Livro é o século IV a.E.C. Nessa época, Nínive já não mais existia, pois fora destruída em 612 a.E.C. O Livro faz referência a ela como uma realidade distante, no passado (Jn 3,3). Trata‑se, pois, de uma ficção literária. É um escrito pós‑exílico e representa uma corrente mais aberta, tolerante e universalista do judaísmo que se formou nesse período. Pode ser uma reação à política nacionalista de Esdras e Neemias, que tratavam os estrangeiros como pessoas tão indignas de confiança, que os israelitas casados com mulheres estrangeiras, deviam divorciar‑se e os estrangeiros deviam ser expulsos do Templo (cf. Esd 9 e Ne 13).

O Livro pode ser dividido em duas partes: o primeiro chamado de Deus a Jonas (1,1–2,11) e o segundo chamado de Deus a Jonas (3,1–4,11).

Cada uma dessas partes tem três subdivisões paralelas:

Primeira parte Segunda parte
1,1-3 Deus envia Jonas em missão aos pagãos 3,1-4
1,4-16 Deus e os pagãos 3,5-10
2,1-11 Deus e Jonas 4,1-11

Nosso estudo, neste fascículo, abordará os seguintes temas:

1) O chamado e a fuga de Jonas: O profeta resistente;

2) Três dias de retiro com Jonas: Na fuga, Jonas encontra a salvação;

3) Levanta‑te e vai à grande cidade: “Vai e anuncia a mensagem que eu te disser”;

4) Deus rico em misericórdia: A salvação é para todos.

Uma celebração final nos convida a entrarmos também em clima de missão nas grandes cidades, aliás, em nosso imenso continente americano e no Caribe, como nos pediram os bispos reunidos na assembleia do CELAM, em Aparecida, em maio de 2007: a grande “missão continental”. Jonas nos ajuda, então, a retomar e rever a nossa missão, seus objetivos, seus métodos, seus conteúdos e os próprios conceitos que temos de Deus.




FONTE: http://www.paulinas.org.br/sab/mes-biblia.aspx

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Oitavo Ano do Projeto Amigo do Idoso

No dia 29 de agosto de 2010, na Paróquia Senhor do Bonfim- Itabuna, em comemoração ao oitavo ano do Projeto Amigo do Idoso, foi inaugurado a clínica de fisioterapia, anexado ao salão paroquial.
O projeto Amigo do Idoso, teve início em 2002, através da Pastoral Social, estabeleceu-se frente a um desejo do Sr. Plínio Gustavo de Almeida de criar um espaço de assistência social aos idosos moradores do Bairro Jardim Primavera, situado na cidade de Itabuna, pois, observando o modo de vida dos idosos, constatou que a maioria deles tinha reduzido as atividades em suas vidas para cuidar de netos e da casa. Desta forma, buscou gerar possibilidades de retirar muitos idosos da situação de isolamento e exclusão, a que são submetidos, buscando acima de tudo a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas que já atingiram a 3ª Idade.
Deste modo, várias atividades vem sendo desenvolvidas como a Avaliação física, o cuidado com o corpo visando à prevenção de doenças e o bem estar são fundamentais na vida de todo ser humano e em especial durante a terceira idade, portanto comprometido com estas questões, o Projeto oferece aos seus membros avaliação física com uma equipe de profissionais de saúde, que trabalham auferindo a pressão arterial e medindo o nível de açúcar no sangue.
Tarde esportivas, com jogos de dominó, dama, baralho, bingo... momentos dançantes e recreativos, curso de dança, Yoga, trabalhos manuais: bordados, trico, croche, pinturas...
Agora conta com a mini-clínica de fisioterapia, inaugurada solenemente neste domingo. As atividades da clínica continuará com a parceria de professores e alunos de uma facudade particular de Itabuna.


Primeiro coordenador da Pastoral Social Sr. Nilson e o Sr. Plinio coordenador do Projeto

O Centro recebe o nome do Primeiro coordenador da Pastoral Social Idealizador do Projeto Amigo do Idoso









Várias pessoas e empresas apóiam o Projeto Amigo do Idoso. Esperamos que continue por muito mais tempo dando apoio e encentivo aos Idosos.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

NOVINTER DE SEXUALIDADE

No dia 23 até 27 de agosto de 2010, aconteceu o novinter sobre sexualidade, em Alagoinhas.Onde participamos 40 noviços e novicas, nossa assesssora foi Irmã Annette. Foi otimo! Refletimos sobre o tema sexualidade, no qual, falamos que ela aparece no ser humano desde cedo, e suas primeiras manifestações não são de caráter genital mas nos mostram a estruturação da pulsão sexual do prazer, em busca do outro! Partilhamos um poquinho sobre o sentido da sexualidade. A nossa vocação esta inscrita em nossa sexualidade genérica, ou seja, em nosso ser sexuado. Somos feitos para o encontro, diálogo. o amor, a comunhão. Recebemos a vida como um Dom, o que desperta gratidão e nos provoca a vivê-la na gratuidade. Fui amad@ e sou capaz de amar! Isso é o sentido global da sexualidade, a partir da sua dimensão biológica. Mas este sentido está aberto para um MISTÉRIO BEM MAIOR, O DO DEUS QUE ESTA NA ORIGEM DO MEU SER!Finalmente a sexulidade na sua dimensão humana nos remete ao projeto de amor de Deus. Igorar ou descartar esta dimensão, este mistério grande de amor é achatar, banalizar a nossa sexualidade para reduzi-la à genitalidade, a algo da ordem do desejo, do impulso, do instinto, do prazer e talvez da procriação. Sendo assim, ela perde seu sentido e a própria psicologia nos adverte: aquele que faz somente o que lhe da prazer acaba achando no que faz! A sastifação egoísta do desejo leva a uma insatisfação maior. Eis porque a pretensa libertação sexual não resolve o " problema sexual" pelo contrario o complicou! Não nos deixou livres e sim mais amarrados porque reduziu o sexo a um produto de consumo e nos deixou decepcionad@s , desencantad@s, ferid@s e carentes ...... de amor.

COM CARINHO LUZ

domingo, 29 de agosto de 2010

DIA DA CATEQUISTA

O último domingo de agosto é o dia do catequista. É com admiração, reconhecimento e gratidão que a Igreja celebra esta festividade. A catequese é o sucesso de Jesus, o bem supremo da Igreja, a humanização e evangelização das pessoas, real colaboração na renovação da sociedade. A catequese é o útero da mãe Igreja, onde o Espírito Santo gera novos cristãos, como gerou Jesus no seio de Maria. Sendo a igreja Corpo de Cristo, a catequese é seu sangue e vitalidade. Sem o ensino da fé, a igreja fenece. "A catequese é a alma da Igreja".

Enquanto processo de educação da fé, a catequese começa no ventre materno até à eternidade. A missão do catequista é transmitir a experiência de fé para que seus ouvintes experimentem o fascínio do evangelho, descubram a beleza da comunidade e se dediquem na transformação da sociedade. É claro que os pais são os primeiros catequistas e a comunidade com sua vitalidade litúrgica, pastoral, profética, missionária é uma especial catequizadora, como também os grupos de reflexão.

Hoje, a igreja se volta com especial carinho para a "catequese com adultos", focalizando a realidade urbana e a construção do novo mundo. É o que se entende por "Catequese Renovada". Não pode ser uma "catequese de verniz" mas deve ir à raiz. Catequese adulta, numa Igreja adulta, para uma sociedade novo.

Você catequista, é eleito e eleita de Deus, que fala em nome da Igreja e ensina a sã doutrina. Nobre é sua tarefa, árduo o seu trabalho, incomensurável o bem que realiza. Você está no coração da Igreja, porque veio do coração de Deus, para chegar ao coração do mundo. Você é anjo que anuncia, é apostolo que ensina, é mártir que dá testemunho. Como não exultar de alegria no seu dia? O que fala mais alto é o seu testemunho de vida. Oxalá você possa brilhar pela sua competência, seu humanismo, sua fé, sua santidade. Você é com um artista que vai esculpindo Jesus Cristo o seu reino nas pessoas, nas comunidades, na sociedade.

Posso imaginar com que zelo você prepara sua catequese e com que esmero você diariamente deixa-se catequizar pela Palavra de Deus e pela oração. "Implosão em Deus para a explosão no irmão". Posso também equilatar o quanto você precisa do apoio dos bispos, padres, pais, lideranças, padrinhos, etc.

A Igreja comovida e agradecida, louva a Deus que confiou em você e lhe conferiu tão alta missão. Você constrói a nova sociedade que chamamos de comunhão e participação, ou "sistema da solidariedade".

Com você nossas crianças antes da primeira comunhão, aprendem a comunhão com a família, a comunhão com a natureza, com as outras crianças, com os pobres e a comunhão consigo mesmas. Você, catequista, revela aos jovens o fascínio do evangelho, a pessoa de Jesus, a estrada do céu. Eles deixam a fascinação do pecado pelo encantamento do tesouro escondido que é o reino de Deus.

E você, educa os adultos, ajudando-os a encontrar o sentido da vida e a resposta para suas indagações. Que vocação sublime a de ser educador da fé e ajudar as mulheres e homens a serem amigos de si mesmos, irmãos dos outros, filhos de Deus e construtores do reino de Deus.

Pela sua importância, a catequese é um verdadeiro ministério. Somos todos convidados a olhar para o "catequista Jesus de Nazaré" e com Ele aprender a ser discípulos da Palavra de Deus. O Catequista, seguidor de Jesus, terá todos os dias a Bíblia na mão para fazer a leitura orante.

Precisamos catequizar nossos próprios corações, ou seja, primeiro falar "com Deus", para depois falar "de Deus". Dom Orlando Brandes
Fonte: CNBB

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

SAV da Coordenadoria da Bahia

“Vocação é sem medo, dizer sempre SIM.
É gritar que o amor não tem fim. Sendo fiel na sua Missão”.


O Sav da Coordenadoria da Bahia realizou nos dia 14 e 15 do mês de agosto na Fraternidade Francisclariana- Salvador BA o encontro vocacional para as jovens que estão sendo acompanhadas e manifestam o desejo de ingressar na Congregação. Este foi o primeiro de mais dois encontros que tem como objetivo ajudar no processo de discernimento da vocação, aprofundar a espiritualidade francisclariana e conhecer mais sobre a Congregação.
No primeiro encontro participaram as jovens: Cristiane (Jaguarari), Irlândia ( Ipirá) , Taise e Tatiane ( Itaberaba), em clima de alegria e oração transcorreu o encontro . O dia dos religiosos foi comemorado com um almoço junto com as Irmãs da Congregação de Santa Terezinha.
Peçamos a Deus a graça e a perseverança destas jovens para continuarem na busca pela sua vocação. Sabemos que é exigente o trabalho e feito em passos lentos, mas é para isso que o Senhor nos chama, juntas, sempre avante, trilhando o caminho do amor e da unidade, buscando levar as nossas jovens à um discernimento eficaz, a uma vida digna e feliz dentro da vontade de Deus.
É missão de todas nós, conquistar operárias para a messe do Senhor.
Ir. Patrícia Cerqueira

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Seminário sobre Juventudes

“A Juventude é uma boa escola. Sempre chega o tempo em que você consegue dominar tuas capacidades e dar a exata medida às coisas, e você verá que mesmo os teus maiores erros e frustrações se tornarão para ti excelente tesouro no caminho da tua evolução e realização pessoal.” ( Augusto Branco)

De 20 a 22 de agosto realizou-se em Salvador, no CTL de Itapuã o seminário de Juventudes, com assessoria de Frei Rubens Nunes da Mota, OFMCap, assessor nacional da juventude. Éramos 90 pessoas, 75 religiosas, 15 religiosos e 5 leigos da PJ.
O Frei Rubens apresentou para o nosso núcleo o projeto Juventudes, inspirado no capítulo 24 do Evangelho de Marcos, dividido em 4 momentos: em que no ano de 2008 fomos convidados/as a nos deixar FASCINAR pela juventude; em 2009 FASCINAR E ESCUTAR a juventude; em 2010 FASCINAR, ESCUTAR e DISCERNIR como nos aproximarmos da juventude e promover vida e em 2011 FASCINAR, ESCUTAR, DISCERNIR E CONVERTER, nos convertermos em relação a juventude, buscar novos caminhos.
A dinâmica utilizada no seminário foi a reflexão de três perguntas:
• Como nos percebemos em relação à juventude enquanto VR?
Reconhecemos que como Vida Religiosa estamos distantes das juventudes (diversas maneiras de ser jovem), algumas irmãs desenvolvem alguns trabalhos por identificação pessoal e há congregações que por terem obras tem alguns projetos que beneficiam os jovens, contudo só atingimos os jovens ligados ao meio eclesial e com ações isoladas.
• Como a juventude nos percebe?
Muitos jovens vêem a VR como pessoas distantes, preocupadas em falar bem, sem tempo, triste, cansada, envelhecida; outros como pessoas humildes, que inspiram confiança, capazes de escutar, companheiras e sinal do sagrado.
A juventude deseja que o encontro conosco leve ao encontro com o Deus, mas tem aversão a instituição; a VR entre os jovens deve ser Deus que usa calça jeans, calça havaiana e tem o pé no chão ou então não vai atingir a juventude nunca. (Pablo 17 anos).
Segundo o assessor as pesquisas mostram que a maioria dos jovens tem a religião como referência e somos religiosos/as, mas não conseguimos atingi-los. O que deixamos de fazer que não atrai a juventude? E o que fazemos que os/as jovens se afastam?
É importante trabalhar com os /as jovens na gratuidade, com real interesse em suas vidas e não nas necessidades de nossas ordens e congregações.
Em seguida Frei Rubens apresentou as diversas portas de acesso à juventude citadas por J.B. Libânio: prazer, liberdade, presente, futuro, religião, droga e violência, mundo virtual, corpo. E acrescentou a terceira pergunta:
• E nós como acessamos a juventude?
Através da religião, da música, cultura, esporte lazer, meio acadêmico, profissional, e a solidariedade.
Foram convidados alguns jovens para compor uma mesa redonda e nos ajudar em alguns questionamentos. (idades: 17, 21, 21, 20, 15 e 22 anos, as respostas estão na mesma ordem).
• O que significa igreja pra você?

1. Presença de Deus, lugar de paz, viver e aprender;
2. Viver e aprender em comunhão com os irmãos;
3. É importante para a formação do ser humano;
4. Lugar acolhedor. Pra mim deus não está só na igreja, posso rezar em qualquer lugar, vou pra igreja para encontrar os irmãos;
5. Casa onde converso com Jesus e reflito meus problemas;
6. Tudo de bom caminho, luz, liberdade, amor, meu segundo lar, devo tudo a igreja: honestidade, caráter, conhecimento.

• Como vocês percebem a VR na relação com os/as jovens

1. Gostaria que a VR não fosse do topo e sim da base. Tem que ter um contato com a gente, aproximação, jovem gosta disso.
2. Pessoas escolhidas para passar a palavra de Deus e fazer um papel social;
3. São pessoas revestidas de humildade;
4. A VR é uma doação, mas nem todas todos/as da VR estão preparados pra isso;
5. A VR está mais próxima do povo até no jeito de se vestir.

• Qual a maior dificuldade em ser jovem?

Responderam em geral: enfrentar a sociedade, a violência, a droga, conseguir estudar, ter um emprego, ser alguém na vida.

• Qual a maior dificuldade que vocês encontram para trabalhar com jovens?

O mais difícil é juntar o pessoal, a maioria dos jovens estão muito dispersos e não querem saber da igreja.

O seminário nos deu muitas pistas de como acessar as juventudes, o que esperam de nós.
Conheça melhor o Projeto Juventudes entrando no site Fé na Prevenção WWW.fenaprevencao.gov.br

Irmã Suelí de Santana-CF

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Cacique Babau e seus irmãos já estão em liberdade

Eles foram liberados hoje das unidades prisionais em que se encontravam por determinação do Juiz de Direito Antônio Carlos de Souza Hygino

Os três irmãos – Rosivaldo Ferreira da Silva, Givaldo Jesus da Silva e Glicéria Jesus da Silva, indígenas do povo Tupinambá da comunidade Serra do Padeiro, na Bahia, tiveram prisão revogada ontem (16) pelo Juiz de Direito da Comarca de Buerarema, Antônio Carlos de Souza Hygino. As lideranças já retornaram à sua comunidade.

Rosivaldo, mais conhecido como cacique Babau, estava preso desde março deste ano, quando foi detido em sua casa, durante a madrugada pela Polícia Federal. Givaldo foi preso dias depois, quando consertava seu carro. Já Glicéria estava presa no Conjunto Penal de Jequié desde junho. Ela foi detida, juntamente com seu filho de apenas dois meses à época, quando desembarcava no aeroporto de Ilhéus na volta de uma reunião com o presidente Lula, em Brasília.

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) vem denunciando ao longo dos anos o grave processo de criminalização de que têm sido vítimas diversas lideranças indígenas do país, como os Xokleng, os Xucuru e os próprios Tupinambá.

Como estratégia de mobilização e conscientização da opinião pública, diversas denúncias e campanhas foram deflagradas pelos movimentos sociais, indígena e indigenista, exigindo a liberdade das lideranças Tupinambá.

Denúncias à ONU

Em junho deste ano, o Cimi e a Justiça Global enviaram denúncia à Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os casos de tortura e prisão ilegal das lideranças Tupinambá. O documento teve repercussão internacional. Na denúncia, os representantes das duas entidades relatam, detalhadamente, os atos ilegais da Polícia Federal na Bahia.

“A grave violência no campo - em especial a que sofrem os povos indígenas do Brasil - é originada pela ausência de responsabilização dos agentes públicos que violam direitos; pela criminalização das lideranças e pela não realização do direito constitucional à demarcação do território indígena, do reconhecimento do valor, da dignidade e dos direitos internacional e constitucionalmente garantidos aos povos indígenas”.

Histórico de agressões

Essa não foi a primeira agressão sofrida pelos Tupinambá. Em 2008, durante uma tentativa de prender Babau, a Polícia Federal ingressou na aldeia e destruiu a escola da comunidade, além de agredir Babau, seu irmão Jurandir Ferreira e o ancião Marcionilio Guerreiro com tiros de borrachas. Dois dias depois, cerca de 130 agentes voltaram à comunidade, agindo com forte e desproporcioanal aparato policial. Na ocasião, eles destruíram móveis, queimaram roças e feriram dezenas de pessoas.

Ano passado, novas arbitrariedades foram cometidas. Cinco indígenas foram constrangidos e sofreram abusos de poder praticado pela PF, entre eles uma mulher. Durante esta ação ilegal, eles foram agredidos com gás de pimenta e dois deles receberam choques elétricos que deixaram queimaduras nos corpos das vítimas, inclusive em partes íntimas.
Fonte : CIMI

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

ENCONTRÃO DAS MULHERES INDIGENAS


“A luta das mulheres indígenas pela igualdade de direitos e qualidade de vida para seis povos”

No ritmo do toré, da acolhida e da diferença de povos na mesma luta por seus direitos que aconteceu o Encontrão Regional das mulheres Indígenas do Regional Leste, de 13 a 15 de agosto de 2010, na Aldeia Caramuru – Pau Brasil – BA.
O objetivo deste encontrão foi aumentar os movimentos das mulheres Pataxós hã hã hãe dalí daquela aldeia, favorecer a unidade e resistência de povos na luta por suas terras e chamar a atenção das mulheres para saírem do pé do fogão e entrarem na luta pela terra. Para isto, precisam dividir os trabalhos de casa com o homem para que o cargo de cuidar dos filhos não fique só com as mulheres. Diziam com convicção que “a luta não é só do homem, mas das mulheres também, elas tem sua parte na luta pala terra”. As mulheres mostram sua capacidade de luta e se preparam através de cursos, estudos a tantos outros tipos de formação para se aperfeiçoarem cada vez mais e estarem mais inseridas nas lutas.
As mulheres indígenas diziam que estavam orgulhosas por estarem juntas organizando suas lutas e buscando seus direitos. Outra coisa que uma índia Pataxó hã hã hãe falou é que as mulheres fazem muito bem, mas não podem fazer tudo. Não podem aceitar fazer o que não é trabalho delas.
Dona Maria,(da aldeia Tupinambá) a mãe de Glicelia que está presa com um filhinho de quatro meses, desabafou perguntando onde estão os direitos, porque sua filha e outros parentes estão presos injustamente e ainda não foram liberados. Dizia também, que o fato de seus parentes estarem presos não é motivo de esmorecerem na luta, pelo contrário, agora vão lutar com mais garra e valentia. Foi muito interessante perceber a solidariedade das aldeias vizinhas com a família de Dona Maria. A Dr. Denise, formada em Direito, diziam que Glicelia não está sozinha, “todas estamos com ela e que todas somos Glicelia”.
Foi muito bom pode ter participado deste maravilhoso encontro com as mulheres indígenas, quilombolas e assentadas (MST). Aprendi com elas um pouquinho mais o que é ser mulher de luta e atenta à realidade e necessidades do povo de Deus.
Maria Lucélia